Facção criminosa monitorava moradores e polícia com câmeras

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avanço da tecnologia tem transformado diferentes áreas da sociedade — da segurança pública à comunicação, passando pelo cotidiano das grandes cidades. No entanto, o mesmo aparato que serve para proteger pode ser também usado para ameaçar. E foi exatamente esse o cenário que a Polícia Civil do Pará encontrou em uma recente operação no bairro do Guamá, em Belém, nesta terça-feira (19).

Durante a ação, coordenada pela Seccional Urbana do Guamá com o apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), um homem foi preso em flagrante por associação para organização criminosa, e cinco câmeras de vigilância clandestinas foram apreendidas. Os dispositivos estavam espalhados em pontos estratégicos do bairro e, segundo as autoridades, vinham sendo usados para vigiar moradores e monitorar a movimentação da polícia, numa tentativa de proteger atividades ilícitas da facção que domina a área.

De acordo com as investigações, a instalação dos equipamentos foi ordenada por um traficante foragido, apontado como um dos líderes da facção, e que atualmente está escondido no Rio de Janeiro.

“As câmeras serviam para vigiar moradores e alertar sobre a presença da polícia. O homem preso hoje era subordinado direto desse traficante”, explicou o delegado Márcio Cavalcante, titular da Seccional do Guamá.

Monitoramento criminoso em tempo real

Os equipamentos estavam posicionados de forma estratégica. Três das câmeras foram localizadas em postes de energia nas passagens Sururina, Ezeriel e Liberato de Castro. Outras duas estavam fixadas em imóveis e estabelecimentos comerciais — uma delas sobre uma pastelaria, e a outra em um cruzamento próximo à residência do suspeito preso.

Segundo o delegado Daniel Castro, da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), o objetivo da facção era criar uma espécie de “muralha digital” que garantisse a proteção dos pontos de venda de drogas e possibilitasse que os criminosos escapassem de eventuais ações policiais.

Os equipamentos estavam posicionados de forma estratégica. Três das câmeras foram localizadas em postes de energia nas passagens Sururina, Ezeriel e Liberato de Castro. Outras duas estavam fixadas em imóveis e estabelecimentos comerciais — uma delas sobre uma pastelaria, e a outra em um cruzamento próximo à residência do suspeito preso.

Segundo o delegado Daniel Castro, da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), o objetivo da facção era criar uma espécie de “muralha digital” que garantisse a proteção dos pontos de venda de drogas e possibilitasse que os criminosos escapassem de eventuais ações policiais.

“Ficou claro que até nossas ações estavam sendo vigiadas. Esses equipamentos serviam para proteger o tráfico”, afirmou Castro.

Todos os dispositivos apreendidos foram enviados para perícia técnica, que vai aprofundar a análise do conteúdo armazenado e da rede de comunicação utilizada pelos criminosos.

O homem detido foi autuado em flagrante com base no Artigo 2º da Lei 12.850/2013, que trata de associação criminosa, e permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil avalia que a apreensão das câmeras representa **um duro golpe na estrutura da facção criminosa, prejudicando diretamente sua capacidade de controle territorial.“Desativamos um dos principais mecanismos de vigilância da quadrilha. Isso representa mais segurança para os moradores”, concluiu o delegado Cavalcante.

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