O ano de 2022 foi marcado pela liberação de benefícios sociais para os brasileiros, com objetivo de transferir renda para pessoas em situação de vulnerabilidade social ou para amenizar efeitos da crise. Na lista, estão o Auxílio Brasil ‘vitaminado’, o auxílio-gás em dobro, e auxílios para caminhoneiros e taxistas.
Esses benefícios foram todos liberados em ano eleitoral pelo governo de Jair Bolsonaro, que concorria à reeleição. E todos eles acabam ou terão seu valor reduzido ao final deste mês.
Auxílio Brasil
Como está
Quando substituiu o Bolsa Família no final do ano passado, o Auxílio Brasil herdou uma fila de 3 milhões de famílias, que acabaram incluídas em janeiro deste ano pelo governo federal. Mas, com o aumento da pobreza no país, a fila voltou a crescer, atingindo novamente quase 3 milhões de famílias em abril, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
À medida que o número de famílias cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico) aumentava, o governo não conseguia dar conta da chamada demanda reprimida. Em agosto, o valor mínimo da parcela para todas as famílias passou de R$ 400 para R$ 600. E, em outubro, o governo anunciou que havia zerado novamente a fila das famílias à espera do benefício.
Tudo isso foi possível após a aprovação da PEC Kamikaze, um pacote social com objetivos eleitoreiros que viabilizou recursos tanto para o Auxílio Brasil quanto para a implementação dos auxílios caminheiro e taxista, além da ampliação do valor do auxílio gás (leia mais abaixo).
De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 21,6 milhões de famílias vão receber o benefício em dezembro, com valor médio de R$ 607,14.
Como fica
O futuro governo tenta aprovar a nova PEC para manter o benefício de R$ 600 e pagar mais R$ 150 adicionais por criança com até 6 anos de idade.
Na terça-feira (20), o texto que amplia o teto de gastos para liberar orçamento e continuar a pagar o valor de R$ 600 para o benefício – que voltará a se chamar Bolsa Família – foi aprovado pela Câmara e deverá passar pelo Senado.