Com o início do “inverno amazônico”, período marcado pelo aumento das chuvas na região, o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, alerta para infecções que podem afetar a saúde dos olhos e destaca dicas simples que podem ajudar na prevenção.
A unidade, que pertence ao Governo do Estado e é gerenciada pela Pró-Saúde, é referência para mais de 1 milhão de pessoas residentes em 22 municípios da região, e presta atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Zaire Vinicius, oftalmologista do Regional de Marabá, explica que dias chuvosos e frios favorecem a disseminação de doenças que atingem a visão, sendo as mais comuns a conjuntivite viral e alergias oculares.
“Devido o período chuvoso, as pessoas se abrigam e se aglomeram em espaços fechados, aumentando as chances do contágio de conjuntivite viral e alergias oculares, devido à grande proliferação de micro-organismos que transmitem essas doenças”, enfatiza o profissional.
O médico ressalta que a conjuntivite viral ocorre quando há inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a esclera, conhecida como a porção branca do olho. Os sintomas mais comuns são vermelhidão, lacrimejamento, pálpebras inchadas, sensação de areia ou ciscos nos olhos, secreção e coceira, entre outros.
“Para aliviar o desconforto da doença, que dura em média de uma a quatro semanas, podem ser adotados alguns procedimentos, como a utilização de soro fisiológico gelado nos olhos, compressas frias sobre as pálpebras e o uso de colírios específicos, sempre de acordo com prescrição médica”, orienta Zaire.
Já as alergias oculares, conhecidas popularmente como conjuntivite alérgica, são provocadas em especial por poeira, fumaça, pólen e ácaros. Não são contagiosas e se propagam com mais facilidade em ambientes pouco arejados e fechados.
“Algumas sintomas são parecidos com a conjuntivite viral, como a vermelhidão e coceira. A principal diferença é que a alérgica se apresenta simultaneamente nos dois olhos, enquanto na conjuntivite comum aparece primeiro em um dos olhos, e depois contamina o outro. O tratamento é feito à base de colírios antialérgicos”, complementa o especialista.
Confira dicas de prevenção:
· Nunca compartilhe itens eletrônicos e pessoais como maquiagem, travesseiros, óculos e toalhas de mão e rosto;
· Lave as mãos frequentemente, ou a higienize com álcool 70%, especialmente quando frequentar espaços públicos. As mãos são a principal porta de entrada para a infecção, quando levadas à região dos olhos;
· Evite coçar os olhos, mesmo que as mãos estejam limpas, pois pode causar irritação, criando entradas para microrganismos nos olhos. Se já estiver com o problema em um olho, esse ato pode levar os elementos patogênicos para o outro e piorar a situação;
· Evite a exposição a agentes irritantes, como fumaça ou poeira, e alérgicos, como o pólen, que podem causar a conjuntivite alérgica;
· Não utilize colírios sem a prescrição médica.
Texto: Ederson Oliveira/Ascom HRSP