Pioneiro no Pará em projetos como a “Gameterapia”, que atua na reabilitação de pacientes com fraqueza muscular, inclusive, os que estão em tratamentos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), localizado na Grande Belém, é referência na Rede Estadual de Saúde em projetos de fisioterapia.
A especialidade atua na reabilitação de lesões e cirurgias em enfermarias, nas clínicas médicas, ortopédicas e cirúrgicas, além de UTI e nas Comissões como as de Quedas, de Prontuários, de Humanização e na de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Além dessas frentes, o Galileu conta com mais seis projetos coordenados pelo serviço de fisioterapia, incluindo, além de pacientes, os colaboradores.
“Temos o projeto do ‘Sextou sem Dor’, voltado à ginástica laboral, em que são realizados exercícios como forma de amenizar o estresse do dia a dia. Ainda, contamos com a ‘Gameterapia’, um recurso terapêutico que usa técnica e jogos de videogame que simulam partidas de futebol, tênis e surfe, e que aumentam as chances de recuperação até mesmo de casos de fraturas mais graves”, explicou Dimitri Anete, coordenador de fisioterapia do Galileu.
Foto: DivulgaçãoNo HPEG também são feitas caminhadas ao ar livre, jogos lúdicos, terapias alternativas com colaboradores e o Projeto ‘Verão Galileu’, no qual a equipe de fisioterapia aposta na brincadeira de empinar pipas como uma nova terapia para os pacientes. “O recurso ajuda na mobilidade, concentração, saúde mental, e interação entre eles”, ressaltou Anete.
Experiências – Quem aprovou a iniciativa do ‘Verão Galileu’ foi o autônomo Francisco dos Santos, de 22 anos, natural do município de Curralinho, no Marajó. Vítima de uma picada de cobra, ele foi transferido para Belém para o tratamento no Galileu. “Nunca imaginei estar em um hospital e empinar pipa. Parece até brincadeira. Mas está me fazendo um bem”, parabenizou.
A esteticista Keiliane Tavares, que fez uma cirurgia no tornozelo, também aprovou o projeto da fisioterapia. Mesmo na cadeira de rodas, ela empina pipa, o que a faz lembrar dos filhos. “É uma atividade que fazia com meus filhos, que este ano não vai dar, mas se Deus quiser, antes do final do mês vou sair para ao menos ver eles fazendo”, disse.
Dentro da fisioterapia, o uso de realidade virtual no tratamento do autônomo Jorge Nazareno, de 66 anos, foi um diferencial. Ele participou do projeto “Gameterapia”, que mesmo na unidade, teve a oportunidade de passear pelas águas do Lago Michigan, em Chicago, nos Estados Unidos. “Nossa, nunca pensei em conhecer um lugar tão bonito através de óculos e numa cama de hospital”, brincou. “Usar esses óculos me levou a passear na beira da praia e sair dessa cama sem dar um passo. Isso é incrível”, comentou. O paciente tratou um trauma na perna direita. Ele caiu da motocicleta e fraturou o membro.
Especialidade – O HPEG mantém 104 leitos de internação. A unidade realiza na especialidade de ortopedia, cirurgias de fraturas de baixa e média complexidade, exceto fraturas de fêmur, quadril, coluna e próteses. Também, o Galileu trabalha com procedimentos de fratura diafisária da tíbia, fratura distal do antebraço e mão, osteomielite crônica e aguda e cirurgias de traqueia e urológica, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.
Foto: Divulgação“Por sermos uma unidade referência de traumo-ortopedia, temos o serviço de fisioterapia como um dos carros-chefes da instituição. Estamos investindo cada vez mais em projetos de terapia, como forma de amenizar o sofrimento e a dor dos pacientes, através de recursos criativos. O objetivo deste incremento no tratamento é a adesão maior dos pacientes para a fisioterapia e a diminuição da percepção de dor nas pessoas com algum tipo de sequela. Também a especialidade, trabalha em prol dos nossos colaboradores, como no ‘Projeto Sextou sem dor’, com ginástica laboral”, observou Flávio Marconcine, diretor executivo do Hospital Galileu.
Serviço: O Galileu é um hospital público administrado pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia- ISSAA, em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Texto: Roberta Paraense/Ascom Hospital Galileu