O triste caso da jovem Edrica Moreira, morta no ano passado, ganhou um novo desdobramento. O acusado de assassinar a jovem, na época, com apenas 19 anos, seria julgado nesta segunda-feira (22).
Edisandro de Jesus da Costa, de 33 anos, foi preso em novembro de 2021, como principal suspeito no assassinato de Édrica Moreira Lopes da Silva e tentativa de feminicídio contra Tamara Silva Rodrigues, amiga da vítima. Quando o crime aconteceu, Edisandro era militar do Exército Brasileiro e ex-namorado de Edrica.
A juíza Angela Alice Alves Tuma, titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital, ouviria Tamara, para saber outros detalhes de como tudo aconteceu, no dia do crime. de acordo com informações, outras cinco pessoas deveriam ser ouvidas.
No entanto, o júri foi suspenso, na tarde desta segunda-feira, após a determinação de que Edisandro passe por um exame de sanidade mental, pelo Instituto Médico Legal (IML). Somente após essa perícia, será decidido se o acusado será julgado.
Segundo o promotor de justiça Edson Augusto Cardoso Souza, a justificativa do pedido do Ministério Público é pelas “versões muito fantasiosas” apresentadas pelo réu. “As versões fogem do senso comum. A própria esposa dele disse que o comportamento de Edisandro não é de uma pessoa normal. Toda vez que situações como essa acontecem, é necessário realizar esse tipo de exame”, explicou o promotor.
Perante a juíza, Edisandro negou qualquer tipo de envolvimento com o crime. Contudo, no ano passado, a versão do réu foi totalmente diferente. “Devido essas contradições nas versões, o pedido para a realização do exame foi feito e aceito pela justiça”, concluiu.
Familiares de Edrica ficaram inconformados com o pedido da promotoria. “Para nós, isso tudo foi muito contraditório. Ele fez um teatro no momento em que falou. Ele premeditou tudo, foi tudo pensado”, disse Arthur Neves, padrasto da vítima.
Moacir Martins Júnior, advogado de defesa, afirmou que um eventual distúrbio mental, influencia diretamente em todo o processo. “Após a conclusão desse incidente, a justiça poderá fazer um novo julgamento”, disse o advogado.