Professor do Pará ganha prêmio nacional no festival de robótica, em São Paulo

Chegou ao fim, neste domingo (29), em São Paulo (SP), a 4º edição do Festival SESI de Robótica. O professor Rafael Herdy, do Núcleo Tecnológico Educacional (NTE), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), recebeu a premiação como o 4° melhor técnico destaque no torneiro. Ele é o único professor de escola pública do Brasil a conquistar a honraria. Ele, juntamente com o professor Petrônio Madeiros, são os técnicos da equipe “Pavulagem”, que representou o Pará na maior competição nacional do setor tecnológico. 

“Eu fiquei muito feliz por ter recebido esse prêmio, como o quarto melhor técnico do Brasil. E o único de escola pública. É uma satisfação muito grande ajudar a educação. É uma sensação de dever cumprido. De ter feito tudo o que eu podia para os meus alunos. Com essa conquista, eu espero incentivar outros professores e alunos a participarem de torneiros como esse, que desenvolvem diversas habilidades na área da ciência e tecnologia, artes e matemática. Nós voltamos ao nosso Estado com uma sensação boa e, sim, avançamos mais uma passo”, enfatizou o professor premiado. 

Foto: DivulgaçãoForam mais de 20 horas de competição, 2.000 alunos, 70 equipes de 23 Estados brasileiro representados. Entre esses, cinco jovens paraenses, estudantes das escolas estaduais Albanízia de Oliveira Lima e Jarbas Passarinho, levaram na bagagem a conquista de estar entre os melhores do Brasil. Judson Barbosa, Gustavo Veloso, Rodolfo Thiago da Costa, Karen Santos e Emilly Trindade. 

Todos em rotina dupla, um período na escola convencional e outra na Escola Tecnológica educacional da Seduc. “Eu levo muita experiência pra casa. Tudo que a gente passou aqui são aprendizados que a gente leva pra sala de aula, pra sala de robótica e para a nossa vida. Aqui a gente aprendeu a lidar com situações da vida real, que acontecem no mercado de trabalho. Foi extremamente importante a volta do torneio presencial, já que as últimas duas edições foram online, pois o calor humano é diferente. Olhar nos olhos, trocar ideias, tocar nas coisas é diferente do digital”, falou Thiago Nunes, aluno da Escola Albanizia de Oliveira Lima. 

Foto: DivulgaçãoA equipe volta a Belem nesta segunda-feira (30), com seus chapéus coloridos e a bagagem recheada de conhecimento, novas experiências e a certeza que estão no rumo certo. A temática desta edição estava relacionada ao transporte e logística, e desafiou os jovens a descobrir pontes que vão conectar a sociedade ao futuro.

A equipe “Pavulagem” apresentou aos jurados um scanner 3D com capacidade para reconhecer interiores de veículos e embarcações, e assim otimizar o espaço durante o transporte de cargas. O projeto trás economia nos fretes e deixa o preço final do produto mais em conta, atingindo a toda população. O protótipo encantou os jurados, que viram um projeto promissor, principalmente levando em consideração a realidade da Amazonia, onde a maioria sãs mercadorias são transportadas por rios. 

Foto: DivulgaçãoA secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, disse que esse é um momento de muita alegria para a educação: “A robótica escolar é uma atividade que perpassa por todas múltiplas disciplinas, dentre elas, a ciência, além de estimular a criatividade dos nossos alunos, a conhecerem o novo e para nós isso é muito significante. Ter um dos nosso professores reconhecido é muito gratificante. Saber que os investimentos feitos pelo Governo do Estado estão refletindo de maneira positiva nos dar ânimo para continuar a valorizar a educação em nosso Estado. A toda ‘Equipe Pavulagem’, meu reconhecimento.”, destacou.

Técnico destaque – O professor Rafael Herdy, do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Belém, ligado à Seduc, já havia ganhado o prêmio “Tecnico Destaque”, torneio regional de robótica realizado em Belém. Os técnicos selecionados nas etapas regionais, nacional e internacional são os que mais contribuíram para o desenvolvimento das suas equipes de robótica incentivando os estudantes. Dentro desses conceitos, o docente deu autonomia aos alunos, fazendo com que os mesmos resolvessem problemas, buscassem treinar por contra própria e não dependem de terceiros. Diferente do tradicional, os protagonistas são os alunos.Por Evaldo Júnior (SEDUC)

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