A nova ferramenta de comunicação destinada a facilitar o atendimento às vítimas de violência doméstica, que integra o Programa “Pro-Mulher Pará”, já realizou mais de 60 atendimentos desde seu lançamento, em 08 de março, até o último dia 14. As vítimas procuram o canal de urgência e emergência da Segurança Pública, o 190 do Centro integrado de Operações (Ciop).
O Programa “Pro-Mulher Pará” foi lançado pelo governo do Estado em 08 de Março, dentro da programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher. Desenvolvido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), oferece ações de proteção, repressão qualificada e orientação para mulheres em situação de violência doméstica.
O Programa integra as políticas públicas do governo estadual de enfrentamento à violência contra a mulher. As ações são realizadas em parceria com as polícias Civil e Militar, e as Guardas Municipais de Belém e Marituba, na Região Metropolitana de Belém.O Programa Pró-Mulher Pará dispõe de viaturas apropriadas para atender vítimas de violência domésticaFoto: Marco Santos / Ag. Pará
Dados positivos – Desde sua implantação, o Programa já atendeu dezenas de mulheres em situação de violência doméstica. O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, ressaltou que “lançamos o Programa Pró-Mulher Pará em parceria não só com os órgãos de segurança pública do Estado, como a Polícia Militar e Polícia Civil, mas também com as Guardas Municipais de Belém e Marituba. Após uma semana desse processo de implantação, nós temos registrado dados muito positivos. Mais de 60 visitas preventivas já foram realizadas, assim como orientações e proteção voltadas totalmente à mulher. Também foram feitas seis apresentações, em acionamentos de flagrantes na Delegacia da Mulher, e que dão justamente a noção da necessidade que nós tínhamos de realizar esses atendimentos e do quanto eles vêm sendo importantes para fortalecer esse fator de proteção da mulher”.
Durante o atendimento, quando identificado que se trata de uma situação envolvendo violência contra a mulher, o atendente envia um link para o denunciante, que pode ser a própria vítima, e esta pode em tempo real filmar a agressão, que será transmitida e repassada para o patrulhamento especializado, a fim de atender a ocorrência de forma imediata.
Cartão Programa – O programa está sendo desenvolvido a partir de duas frentes, com ações preventivas e repressivas. As ações repressivas ocorrem a partir das ligações feitas ao canal de urgência e emergência (190 e 193). Após o atendimento, é feita uma contagem do número de chamadas realizadas, pela mesma vítima, que entra automaticamente para o “Cartão Programa”, que garante visitas periódicas e de acompanhamento por meio das equipes de patrulhamento especializado.
Como programa-piloto, em princípio o “Pro-Mulher Pará” atende mulheres da Região Metropolitana de Belém. A avaliação é periódica, e agora incluirá a parceria da Guarda Municipal de Ananindeua, informou o secretário Ualame Machado. “Na primeira reunião de avaliação, nós fizemos os ajustes necessários e iremos incluir, a partir da semana que vem, a Guarda Municipal de Ananindeua, que também fará parte desse processo. Desta forma, passaremos a ter as três Guardas Municipais da Região Metropolitana de Belém envolvidas no Programa, além da Polícia Militar e Polícia Civil, que já estavam desde o início. Com isso, toda a elaboração e execução do projeto vem dando supercerto. Continuaremos com as avaliações semanalmente, para que possamos, cada vez mais, aperfeiçoar o serviço e oferecer proteção somado à orientação às mulheres, com foco em reprimir esse tipo de crime
praticado contra elas”, reforçou o secretário.
Desde o lançamento, até 14 de março, o Programa “Pró-Mulher Pará” já realizou 68 atendimentos, dos quais 17 voltados às chamadas repressivas, de urgência e emergência, e 57 voltados às ações de prevenção ligadas ao acompanhamento das vítimas cadastradas no Cartão Programa. Seis agressores foram pegos em flagrantes e apresentados à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.Por Walena Lopes (SEGUP)