Lilás é a cor do alerta para prevenção do câncer de colo uterino

Dedicado à conscientização sobre o câncer de colo do útero, o mês de março traz com a cor lilás a importância do enfrentamento à doença que, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), é a terceira mais comum entre as mulheres brasileiras. O alerta também acende quando especialistas apontam que a enfermidade é a quarta causa de morte de mulheres por câncer em todo o Brasil.

Realizada nesta segunda-feira (07), na Clínica de Oncoginecologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), a palestra educativa sobre Prevenção do Câncer de Colo Uterino contribuiu para esclarecer dúvidas dos presentes e promover o autoconhecimento e a importância da detecção precoce.As palestras esclarecem dúvidas, promovem o autoconhecimento e alertam para a importância da detecção precoceFoto: Divulgação

O evento contou com o apoio multiprofissional das equipes de Serviço Social, Psicologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia. Todos se aliaram às equipes médicas para traçar campanhas, a fim de conscientizar pacientes, familiares e acompanhantes. “A prevenção é o carro-chefe da oncologia. Se o Brasil inteiro trabalhar a prevenção, a gente desafoga internações nos hospitais de grande porte em todo o País”, afirma a enfermeira da Ginecologia, Cristianne Arrais.

Atenção individualizada – Após as explanações sobre fatores de risco, causas e prevenções, o público aproveitou para, em particular, esclarecer dúvidas. “Esses eventos são importantes, pois ao final elas e respectivos familiares sempre nos procuram em particular. Por constrangimento ou dificuldades em se expressar, muitas mulheres não conseguem expor intimidades facilmente. É por isso que esse trabalho individualizado é importante. A dúvida de uma pode ser a de muitas. No dia a dia, durante uma visita multiprofissional, a gente esclarece e expõem respostas para todas aquelas perguntas mais relevantes. A transmissão de informação deve ser contínua e não só durante o mês de março. Aqui, trabalhamos a prevenção durante todo o ano”, acrescenta a enfermeira.

Para a equipe multidisciplinar, além da vergonha é preciso deixar de lado outro sentimento comum: o medo de procurar ajuda médica. “Devemos atentar para os sinais do nosso corpo. Isso vale para qualquer doença. Quando a gente sente que não está bem, é preciso superar o medo e procurar ajuda médica, que vai avaliar e verificar a necessidade ou não de realizar mais exames e ir a um especialista”, enfatiza a assistente social Blenda Araújo.

Em oito anos atuando no HOL, Cristianne Arrais trabalha com pacientes da ala de Oncoginecologia há cinco. Gerente da Clínica, ela informa que não importa a especialidade ou a data, pois quando o assunto é câncer a saúde tem pressa. “O Hospital sempre trabalha com ações de prevenção. Informação boa é aquela que a gente recebe do profissional de saúde e repassa para que outras pessoas também tenham acesso ao conhecimento adquirido. Somos agentes multiplicadores”, conclui.Profissionais das equipes de Serviço Social, Psicologia, Terapia Ocupacional e FisioterapiaFoto: Divulgação

Esclarecimento – A jornalista Ediselma Gomes de Melo, 35 anos, acompanhou atentamente as explicações da equipe. “O evento foi extremamente esclarecedor. Eu vivo essa realidade com a minha mãe. Ela, aos 67 anos, veio a descobrir o câncer de colo do útero. E aqui, enquanto estávamos reunidos, vi que tem pessoas que não se dão conta de como é a doença. Os profissionais transformaram um assunto sério em algo leve de ser compreendido. A forma de ensinar, de alertar sobre a doença, também importa. Muitos não sabiam, mas a doença pode ser prevenida. E não existe melhor remédio que a prevenção”, garante.

O câncer cervical, mais conhecido como câncer de colo do útero, é causado pela infecção recorrente por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV). As alterações celulares que podem evoluir para o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo, o Papanicolau. É só por meio desse método que é possível avaliar precocemente alterações pré-malignas e seguir a investigação com outros exames, até o diagnóstico assertivo.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom/Ophir LoyolaPor Governo do Pará (SECOM)

Comments (0)
Add Comment