Dois policiais militares que atuam no Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Pará (Bope) concluíram, nesta semana, o III Curso de Formação de Atirador de Elite (CFAE) ofertado pelo Estado do Espírito Santo, no sudeste brasileiro. Dos 14 agentes de segurança pública que assistiram a aula inaugural em 8 de setembro, deste ano de 2021, apenas nove conseguiram a formação depois de 35 dias de estudo e treinamento intensos.
O 3° Sargento Gilson De Brito e o Cabo Rafael Bastos, que atuam há 16 e 12 anos na Corporação, ressaltam que a doutrina do atirador de elite (sniper) estabelece que, embora o atirador de precisão esteja dentro do cenário de crise, ele precisa estar posicionado em lugar estratégico, não ostensivo e manter certa distância, de forma a não ser notado por outros agentes e, principalmente, pelo suspeito, causador do evento.
“Vale ressaltar que o sniper precisa de concentração para fazer a visada, controlar a respiração e ter a visão perfeita do cenário de crise e mais importante de tudo, ter comunicação constante com o negociador e gerente de crise. É o atirador de precisão quem vai ter a melhor visão entre todos os agentes, pois a lente do armamento aumenta em até 16 vezes o tamanho do alvo”, explicou o major Felipe Ayres.
Agentes da Segurança Pública em treino para atirador de eliteFoto: DivulgaçãoO major Ayres e os coronéis Ricardo Neves, comandante de Missões Especiais (CME); e Kléverton Firmino, comandante do Bope, acompanharam os dois praças da unidade.
ORIGEM DO NOME SNIPER
O nome “sniper” vem do verbo “to snipe”, que se originou na década de 1770 entre os soldados da Índia britânica em referência a atirar em snipes, uma ave limícola considerada uma ave de caça extremamente desafiadora para os caçadores devido ao seu estado de alerta, cor camuflada e comportamento de voo errático.
AÇÕES PARA 2022
O comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior, convidou, nessa sexta-feira (5), os dois atiradores de elite para uma visita de cortesia à sede do Quartel do Comando Geral da PM, em Belém, para saber das experiências e conhecimentos adquiridos pelos praças durante os 35 dias de curso e para projetarem, de forma conjunta, a realização do primeiro Curso de Formação de Atirador de Elite (CFAE), da PMPA, em 2022.
“É sempre bom a gente reforçar que o conhecimento não pode ficar restrito a um pequeno grupo de pessoas, apenas. Ele precisa ser expandido e levado para o máximo de militares possível e o comando da Polícia Militar está sempre disposto a investir na capacitação dos seus agentes, sem distinção, se é oficial ou praça”, frisou o oficial, que defenda a realização do CFAE em solo paraense.
“Eu até já consigo vislumbrar um curso com militares paraenses e das forças coirmãs do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia. Armamento de alta tecnologia, para capacitação, nós temos. São fuzis semiautomáticos, de alta precisão, que foram adquiridos na nossa gestão, graças à sensibilidade do governador Helder Barbalho, que tem dado prioridade para as demandas da segurança pública”, concluiu.
*Texto do Sargento Josuelton Chagas (Ascom PM)Por Governo do Pará (SECOM)