Foi anunciado na noite de terça-feira (15) que o Pará deverá receber, até o início de julho, 174 mil vacinas da Sputinik V, imunizante produzido pelo Fundo Soberano Russo. A entrada das 592 mil doses da vacina no Brasil, foi autorizada, em caráter excepcional e com restrições, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além do Pará, ainda será distribuída para a Paraíba, Goiás, Amapá, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Rondônia.
“A autorização da vacina Sputinik V no Brasil e a confirmação de que o Pará receberá essas doses, fortalece nosso plano de vacinação estadual, pois nos permite ter acesso a mais um imunizante para vacinar mais paraenses e, dessa forma, conter a pandemia”, afirma o Secretário de Saúde do Estado, Rômulo Rodovalho.
No início de junho, a Anvisa já havia autorizado a entrada da vacina no país para os estados de Sergipe, Maranhão, Bahia, Piauí, Pernambuco e Ceará, totalizando agora, 928 mil doses que devem ser recebidas no próximo mês. Nesse primeiro lote, a Sputink V deve vacinar 87 mil pessoas, o que corresponde a 1% da população paraense, pois a remessa, corresponde a primeira e segunda dose.
Contra-indicações
Segundo as condições da Anvisa, a vacina não pode ser aplicada em pessoas vivendo com HIV, hepatite B ou C, que apresentam enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia, pessoas com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula do imunizante, mulheres que desejam engravidar nos próximos 12 meses, gestantes, lactantes, pessoas que receberam imunoglobulinas ou hemoderivados 3 meses antes ou que realizaram tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação nos últimos 36 meses e ainda pessoas com menos de 18 anos e mais de 60 anos de idade.
Também, segundo a Agência, a vacina deve ser usada em condições controladas e os lotes só podem ser usados após a liberação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, sendo que, o imunizante será avaliado constantemente em relatórios, sobre o seu risco-benefício.
“A logística para o transporte dessa vacina, será semelhante a que já usamos para a distribuição da AstraZeneca, que necessita estar em condições climáticas de 2 a 8 graus. A equipe de logística da Sespa tem conseguido o repasse aos municípios em até 48 horas, por vias aérea e terrestre, e esse padrão deve ser mantido para continuar garantindo a qualidade do imunizante”, explica Marcus Coura, coordenador de logística da Sespa.