A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta sexta-feira (11), o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em adolescentes a partir dos 12 anos de idade no Brasil.
Agora, a bula da vacina no país passará a indicar esta nova faixa etária; antes, ela só podia ser aplicada em adolescentes a partir dos 16 anos. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.
- a pasta pretende incluir essa faixa etária (12-17 anos) no plano de imunização contra a Covid-19;
- caso pretenda, quando essa faixa etária será incluída, ou se há previsão de fazê-lo ainda em 2021;
- caso não pretenda, o motivo.
Até a última atualização deste texto, a reportagem ainda não havia recebido retorno. Caso haja uma resposta, o texto será atualizado.
Segundo a Anvisa, a ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.
Em 31 de março, a Pfizer e a BioNTech, que desenvolveram a vacina juntas, anunciaram que ela teve 100% de eficácia em adolescentes com idades entre 12 e 15 anos.
A vacina já é autorizada para adolescentes de 12 anos ou mais nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e na Europa.
O imunizante também está sendo testado, nos Estados Unidos e na Europa, em bebês a partir dos 6 meses de idade e em crianças com 11 anos ou menos.
Negativas de compra
Depoimentos e documentos apresentados na CPI da Covid mostraram que o governo brasileiro não respondeu ou negou, diversas vezes, tentativas de contato da Pfizer para vender vacinas ao país.
Veja alguns exemplos:
- 10 de junho: Um documento apresentado à CPI e obtido pela TV Globo aponta que a Pfizer procurou a embaixada do Brasil nos EUA em agosto de 2020 para ter resposta sobre a oferta de vacina.
- 4 de junho: O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede–AP), afirmou que a Pfizer enviou 53 e-mails oferecendo vacinas ao governo brasileiro
- 24 de maio: o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse em um e-mail obtido pela CPI que enfrentava dificuldades de analisar a proposta da Pfizer por causa de um vírus na rede de computadores da pasta.
- 13 de maio: O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, afirmou em depoimento à CPI que a farmacêutica tentou vender a vacina ao governo brasileiro seis vezes, sem sucesso.