Pará pede que Vale suspenda operação do trem que liga PA e MA após casos suspeitos da variante indiana do coronavírus

O governador do Pará, Helder Barbalho, solicitou formalmente à diretoria da mineradora Vale que suspenda temporariamente a operação o trem de passageiros da Estrada de Ferro Carajás, que liga o Pará ao Maranhão.

O pedido foi feito neste domingo (23), após a notificação de dois casos suspeitos da variante indiana do coronavírus, no município de Primavera, distante 459,6 km de São Luís, onde já há casos confirmados na nova cepa detectado em tripulantes de embarcação que ancorou na capital maranhense.

A ferrovia operada pela Vale oferece o transporte de passageiros diariamente, além de transportar minérios entre os estados. O G1 entrou em contato com a mineradora, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), ainda não há confirmação de transmissão local da nova variante no Pará.

Os pacientes suspeitos de infecção pela variante foram confirmados para Covid-19. Eles são dois funcionários que trabalham no porto de Itaqui, no Maranhão, e estiveram em local de trabalho em São Luís, nos últimos 10 dias, tendo contato indireto com os tripulantes do navio. Amostras foram coletas e serão analisadas pelo Laboratório Central (Lacen), vinculado à Sespa, para confirmação ou descarte de contaminação pela variante.

Helder ainda informou que também formalizou pedidos de esclarecimentos à Companhia Docas do Pará (CDP), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Infraero para saber quais medidas de segurança estão sendo adotadas quanto as pessoas que entram no Pará.

A Sespa disse alertou os serviços de saúde do estado para que estejam atentos para identificar possíveis casos no território paraense. A secretaria também fez recomendações para intensificação de vigilância em portos, rodoviárias e aeroportos e para a notificação imediata à Anvisa sobre ocorrência de casos suspeitos. Também de acordo com a Sespa, áreas de fronteira entre o Pará e o Maranhão devem aumentar a vigilância e realizar coleta de material para exame de RT-PCR.

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