Um grupo de coletores de lixo ajudou a recuperar uma pasta com cerca de R$ 25 mil em dinheiro e R$ 15 mil em cheques que tinha sido jogada no lixo, em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal. Por engano, o dono da loja colocou a pasta na lixeira. Ao perceber o erro, ele correu atrás do caminhão da coleta e avisou a equipe, que descarregou o lixo e abriu sacola por sacola até encontrar o dinheiro.
“O rapaz nos parou e falou que tinha perdido uma quantia em dinheiro. Ele veio seguindo a gente. Descarregamos o caminhão, vasculhamos e começamos a procurar o dinheiro. Por sorte, achamos e devolvemos. Ele ficou muito satisfeito e deu até uma gratificação para nós”, disse o gari Deyvid Sousa da Silva.
O caso aconteceu na última sexta-feira (30). Segundo a prefeitura, o dono do dinheiro possui uma loja de materiais de construção e contou que juntou o faturamento da loja, colocou tudo em uma pasta e a jogou dentro de uma lixeira do escritório.
Um funcionário da loja relatou que passou para recolher o lixo, sem notar que havia a pasta com R$ 40 mil. Depois, outro colega colocou todo o material a ser descartado na lixeira que fica de fora da loja. Em seguida, o caminhão da coleta recolheu o material e seguiu a rota.
Quando o empresário se deu conta do que tinha acontecido, ele pegou o carro e correu atrás do caminhão, que já estava quase chegando em um aterro sanitário, aonde o lixo seria misturado e prensado.
Garis ajudam a encontrar pasta com cerca de R$ 40 mil e devolvem ao dono, em Alexânia, Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Alexânia
Após explicar o que tinha acontecido, os coletores e os garis se dispuseram a ajudar e começaram a revirar o lixo. Deyvid, que trabalha há dez anos como coletor de lixo, disse que ficou orgulhoso por poder ajudar a encontrar o dinheiro.
“Só esse feito de ajudar não só ele, mas a família que precisa e depende desse dinheiro, me deixou muito orgulhoso. A gente está vivendo em um período muito perturbador, por causa da pandemia, tudo está difícil”, disse.
O motorista do caminhão também achou gratificante poder ajudar. “O que é da gente é da gente, o que é dos outros é dos outros. Não adianta a gente querer usufruir do que é dos outros”, disse Aldinei.
O funcionário da loja disse que o gesto de honestidade comoveu a equipe da empresa.
“Primeiramente, temos que agradecer a eles. Se fossem pessoas do coração ruim, tinham pegado e não tinham falado nada e nem tinham ajudado, mas eles ajudaram a gente e entregaram honestamente”, disse o funcionário.