Governo do Pará pretende restaurar 5,4 milhões de hectares de floresta
Nos últimos dias, o Pará foi destaque nacional por não ter nenhum município na lista dos que mais desmatam a Amazônia. Esse resultado é reflexo das diversas ações promovidas pelo governo do Estado, que não se limitam apenas à repressão aos responsáveis pelos danos ambientais, mas também investem na recomposição de áreas degradadas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).
Uma das estratégias adotadas são os Sistemas Agroflorestais (SAFs), que consistem no cultivo de árvores exóticas ou nativas consorciadas com culturas agrícolas, trepadeiras, forrageiras e arbustivas, de acordo com um arranjo espacial e temporal pré-estabelecido, com alta diversidade de espécies e interação entre elas.Instalação do GT do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, mais uma estratégia ambiental do Governo do ParáFoto: Divulgação
Em geral, nos SAFs são realizados plantios de sementes ou mudas, que otimizam o uso da terra, conciliando a preservação ambiental com a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para a produção agrícola. Neste sentido, entender a paisagem social ajuda a transformar queimadas em agroflorestas, e servir de modelo para outros projetos na Amazônia.
Cooperação – Nesta sexta-feira (17) foi instalado o Grupo de Trabalho do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN), no auditório do Palacete Faciola, em Belém. A iniciativa é um instrumento do Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e visa articular, integrar e promover projetos e ações indutoras da recuperação das florestas e demais tipos de vegetação nativa, contribuindo para a redução de emissões líquidas, por meio do sequestro de Gases de Efeito Estufa (GEE). A meta preliminar é ambiciosa: restaurar 5,4 milhões de hectares de floresta.
O plano será elaborado e supervisionado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O Ideflor-Bio compõe o Grupo de Trabalho, que fará reuniões preparatórias para identificar desafios e oportunidades, mapear ações de restauração em curso no Pará, promover oficinas de construção do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e propor a minuta do plano.
Presidente do Ideflor-Bio, Nilson PintoFoto: DivulgaçãoRestauração florestal – Medidas de comando, controle e combate ostensivo ao crime de desmatamento são necessárias, mas sozinhas não resolvem o problema. De acordo com o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, além de conter o desmatamento é preciso avançar para recuperar o que já foi perdido e restaurar as florestas.
“De alguns anos para cá, por decisão do governador Helder Barbalho, o Estado entrou firmemente no combate ao desmatamento, e nós já podemos festejar um decréscimo nas taxas”, informou o gestor.
Nilson Pinto classificou como histórica a decisão de montar o GT que vai elaborar o Plano de Restauração das Florestas. “Fazendo analogia com uma partida de futebol, podemos dizer que, até o momento, nós estávamos jogando na defesa, mas agora, além de reforçar a defesa, nós fomos para o ataque, com a determinação de ganhar o jogo, e de goleada”, enfatizou o presidente