Ophir Loyola reforça a importância da mamografia no combate ao câncer de mama

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Com o objetivo de reforçar a importância da realização do exame de mamografia, principal meio de detectar precocemente o câncer de mama, foi instituído por Lei no Brasil, o Dia Nacional da Mamografia, celebrado anualmente em 5 de fevereiro. O exame consiste numa radiografia rápida e segura, e tem como propósito rastrear a neoplasia maligna de mama por meio da identificação de nódulos nos seios, antes mesmo de serem palpáveis. Além de ser o segundo tipo mais comum entre as mulheres, estima-se que, em 2023, o câncer de mama apresente mais de 73 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer  (Inca). No Pará, devem ocorrer 1.020 casos no mesmo período, uma taxa estimada de 22,83 casos novos a cada 100 mil habitantes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o índice de mortes por câncer de mama pode diminuir de 15% a 45% em pacientes que realizam o exame periodicamente. O exame não previne a doença, mas é essencial na identificação do tumor ou alterações na mama em estágios iniciais, reduzindo procedimentos agressivos no tratamento, e principalmente, aumentando as chances de cura do paciente.


Segundo a mastologista Camila Loureiro, do Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em oncologia no Estado do Pará, a cura pode chegar a até 98% em casos de detecção precoce e tratamentos menos agressivos. “A mamografia é o principal instrumento que temos para a prevenção precoce do câncer de mama na população, sendo capaz de fazer diagnóstico em casos que ainda não causaram nenhum sintoma. Considerando-se que o câncer de mama é o principal tipo de câncer que acomete mulheres cisgênero no mundo, por isso o exame de mamografia é fundamental”, explicou a mastologista. 

Recomendação – A especialista explica ainda que a mamografia também deve ser realizada anualmente por todas as mulheres e por homens transgêneros não mastectomizados, sem sintomas e sem histórico familiar, a partir dos 40 anos de idade. No Brasil, temos uma alta incidência de câncer de mama entre os 40 e 49 anos.

Foto: Divulgação“Para mulheres transgêneros e travestis que fazem uso de hormônios por mais de 10 anos, a recomendação é a mesma, a partir dos 40 anos. Já mulheres transgêneras e travestis sem uso de hormônios femininos, homens transgêneros mastectomizados e homens cisgêneros não precisam realizar mamografia de rotina se não tiverem sintomas mamários. Caso tenha sintomas de suspeita de câncer, a mamografia deve ser solicitada independente de gênero e idade”, ressalta a médica. A especialista acentua ainda que “1% dos homens podem ser acometidos pelo câncer de mama. Portanto, se houver suspeita clínica de alteração mamária, pode-se também realizar a mamografia”. 

Não é necessário uma consulta com o especialista para que a mamografia seja solicitada, médicos generalistas podem fazer o pedido da mamografia, seja em casos de rotina ou mesmo quando houver a suspeita clínica de alguma doença mamária. No  Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser solicitadas em Unidades de Saúde ou por profissionais de Estratégias de Saúde da Família (ESF). 

O que é? – O câncer de mama é uma doença decorrente da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor capaz de acometer outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

“Na mamografia o câncer pode ter aparências distintas, não havendo um único achado nos pacientes. O câncer pode aparecer em forma de calcificação agrupada, com formatos e distribuições específicas, distorções da arquitetura mamária, ou mesmo, nódulos irregulares. Por isso é importante ressaltar que associado com a mamografia é necessário realizar a biópsia para um diagnóstico completo e exato”, concluiu Camila Loureiro.

Texto de Viviane Nogueira / Ascom Hospital Ophir Loyola

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