Ala política do governo Bolsonaro quer decreto de calamidade para acertar campanha na economia

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Membros da ala política do governo de Jair Bolsonaro (PL) querem que o presidente decrete estado de calamidade no Brasil. Com o dispositivo, o governo federal poderia criar outros benefícios sociais em ano eleitoral, o que é vedado em situação normal.

A avaliação da ala política do governo – e de integrantes do QG eleitoral do presidente – é que Bolsonaro tem 1 mês para acertar a os rumos da pré-campanha à reeleição, que enfrenta cenário adverso na área econômica.

Como mostraram os números do Datafolha, 59% dos beneficiários do Auxílio Brasil afirmam que vão votar em Lula (PT), mais do que os 20% que afirmam que votarão em Bolsonaro.

Entre as medidas que, na visão dessa ala, seria possível implementar sob situação de calamidade está a criação de subsídios para os combustíveis – algo que foi, inclusive, visto como uma “boa ideia” pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto – ou benefícios específicos para categorias como caminhoneiros – que o próprio presidente já chegou a prometer – entregadores e motoristas de aplicativos.

O decreto de calamidade perdurou durante a pandemia, de março de 2020 a abril de 2022. A ala política não definiu qual seria o motivo legal para embasar um novo decreto. E enfrentam resistência de Paulo Guedes – estão em conversas porque precisam convencer o ministro da ideia.

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