Câncer de Tireoide: Ophir Loyola alerta mulheres sobre sinais da doença

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Hoje, 25 de maio, Dia Internacional da Tireoide, o Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital do Ophir Loyola alerta sobre os sintomas e o diagnóstico precoce  dos tumores malignos que afetam essa glândula, responsável por regular as funções de órgãos importantes, como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Considerados comuns, os nódulos são facilmente identificados em razão da localização da glândula na área central do pescoço. E cerca dos 90% dos tumores são benignos e, em caso de câncer, as chances de cura são altas.

A tireoide é uma glândula que produz hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo e pode ser acometida por doenças que interferem no metabolismo, afetando a massa corporal, o humor, a memória , o ciclo menstrual e a fertilidade. O câncer de tireoide é mais incidente nas mulheres, entre os 40 e 60 anos. 

Segundo a cirurgiã de cabeça e pescoço do HOL, Deise Nunes, ainda não se sabe o motivo exato da predominancia no sexo feminino. “Acredita-se que tenha alguma ligação com a alterações dos hormônios femininos devido ao ciclo menstrual, pois a maioria das pacientes estão no início dos sintomas de menopausa. As chances de um homem ter alterações na glândula são quase nulas”, explicou a especialista.

O tumor maligno de tireoide é silencioso, por isso os médicos especialistas incluem o exame de imagem da glândula no check-up do paciente. Mas o principal exame para chegar ao diagnóstico é a biópsia de aspiração por agulha fina, chamado de punção, no qual algumas células da área suspeita são retiradas para análise no microscópio. 

Dra Deise NunesFoto: DivulgaçãoAlguns sintomas podem ser sugestivos desse tipo de tumor: inchaço no pescoço devido ao aumento das ínguas, crescimento dos gânglios linfáticos, geralmente ocasionado por alguma infecção na região em que surge dor na parte da frente da garganta e pode irradiar para os ouvidos. Também pode causar rouquidão, dificuldade para respirar ou engolir, tosse constante que não acompanha um resfriado ou gripe. 

A moradora do município de Abaetetuba, Valdilene dos Santos Costa, 43 anos, descobriu o tumor maligno de tireoide em 2018 e ficou assustada com o diagnóstico. “Fiquei muito nervosa quando soube, mas os médicos me tranquilizaram, pois as chances de cura são grandes. Eu senti um nódulo que, aparentemente, já era visível, porém não sabia da existência da tireoide. Procurei um profissional de saúde em Belém, ele solicitou a punção e foi detectado o câncer de tireoide. Em 2019 realizei a cirurgia para a retirada do nódulo e da glândula, foi o que me curou”, contou Valdilene Costa.  

ValdileneFoto: DivulgaçãoValdilene continuou em observação com os especialistas. Neste ano de 2022, surgiu um nódulo na região da paratireoide – glândulas que ficam no pescoço, atrás da tireóide, cuja função é controlar os níveis de cálcio no sangue por meio da produção do hormônio. Ela aguarda para realizar a cirurgia nesta quarta-feira (25).  

As chances de cura  de cum câncer de tireoide podem chegar a mais de 95%, segundo a especialista Deise Nunes. “Com o tratamento adequado, que é sempre cirúrgico para retirar toda a glândula, também é realizado o esvaziamento cervical. Ou seja, retiramos toda a cadeia dos linfonodos responsáveis pela drenagem da tireoide, pois pode ocorrer metástase nestes gânglios linfáticos, e com a iodoterapia, temos um resultado de prognóstico muito bom para esse paciente”, afirma Deise Nunes. 

Texto: Viviane NogueiraPor Governo do Pará (SECOM)

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