Brasil foi responsável por 40% de perda de florestas nativas no mundo em 2021, diz relatório

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Em 2021, mais de 40% da perda de floresta nativas ocorreu no Brasil, segundo dados do Global Forest Watch, plataforma de monitoramento de florestas desenvolvida pela Universidade de Maryland. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (28).

O país perdeu cerca de 1,5 milhão de hectares nas chamadas de florestas tropicais primárias. A maior perda foi na região Norte. As florestas primárias, ou virgens, são aquelas que se encontram em seu estado original — não afetadas, ou afetadas o mínimo possível, pela ação humana. Por serem mais antigas, elas têm mais diversidade de espécies, armazenam mais carbono e são consideradas essenciais no combate à mudança climática.

Esse mapeamento é feito há duas décadas a partir de análises de imagens de satélite. Há cinco anos seguidos o Brasil vem destruindo áreas gigantes de floresta.

“A taxa de perda de florestas primárias no Brasil tem sido persistentemente alta nos últimos anos. A perda relacionada a incêndios flutuou dependendo do nível de incêndios florestais fora de controle, mais recentemente com um pico em 2020 na Amazônia e no Pantanal”, diz o relatório.

O relatório também alerta que a Floresta Amazônica está perdendo a resistência. A vegetação está mais seca e demora mais para se recuperar, e mais da metade da floresta corre o risco de virar savana em questão de décadas, com reflexos na biodiversidade e no clima.

“A perda de floresta primária no Brasil é especialmente preocupante, dada a nova evidência de que a Floresta Amazônica está perdendo resistência e pode estar mais perto de um ponto de inflexão do que se pensava anteriormente, onde as interações entre desmatamento, mudanças climáticas e incêndios levam à transformação irreversível de grandes áreas da Amazônia para uma savana”, completa o estudo.

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