Seca vai deixar alimentos ainda mais caros; entenda
Energia elétrica, combustível, alimentos… o aumento generalizado de preços na economia já apertou muito o orçamento dos brasileiros, que não estão vendo os seus salários acompanharem o ritmo acelerado da inflação.
Com menos renda disponível e desemprego elevado, as famílias já fizeram substituições e diminuíram a qualidade do prato. E a tendência é de que não haja muita trégua nos próximos meses, diante da maior seca no país em 91 anos.
Veja mais abaixo como vão ficar os preços do café, açúcar, hortaliças, carne bovina, frango e ovos, leite, feijão e arroz.
A falta de chuvas que atinge o campo do Centro-Sul desde 2020 já provocou queda na produção de diversas culturas como café, laranja, cana-de-açúcar, milho, carne bovina, feijão, entre outros.
Não bastasse a redução de oferta, o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas fez com que o governo acionasse as termelétricas, que produzem energia mais cara, elevando, assim, os gastos de produção das fazendas, indústrias e comércios, causando um efeito em cascata em toda a economia.
- CRISE DA ÁGUA: veja mais notícias
- Conta de luz mais cara; entenda por que ela sobe
- Como as mudanças climáticas impactam a produção de alimentos
“Os custos com energia elétrica vão ficar pressionados por um bom tempo, afetando, principalmente a agroindústria, que consome mais energia do que os produtores. Naturalmente, isso vai aparecer no preço final dos produtos”, diz Felippe Serigati, professor da Escola de Economia de São Paulo, da FGV.
A volta das chuvas neste mês deve favorecer culturas que são plantadas agora, como a soja. Mas o nível de precipitação ainda é baixo para encher reservatórios, gerando incertezas para as lavouras que dependem de irrigação, como hortaliças, arroz e feijão.